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Calor aumenta risco de pedra nos rins, alertam especialistas

Mais de 15% da população mundial apresenta esse problema; 85% consegue expeli-la Os sintomas de cálculos renais podem variar desde pequenos desconfortos para urinar até dores localizadas.

Por: Jornal Cruzeiro do Sul.

Cibele: O corpo emite sinais de alerta. (Crédito –Adival B. Pinto– Jornal Cruzeiro do Sul)

O intenso calor de verão, associado ao aumento da transpiração e a falta da ingestão adequada de água podem gerar sérios riscos para o surgimento de "pedra nos rins". Para as pessoas que já sofrem do problema, a propensão a ter mais cálculos no período das altas temperaturas é muito maior em comparação as outras estações do ano.

A litíase, conhecida popularmente como pedra no rim ou cálculo renal, é um acúmulo de matéria mineral ou orgânica (cálcio, ácido úrico, amônia, magnésio) que se cristaliza e forma como uma pedra dentro dos rins, a qual pode se locomover por todo o trato urinário juntamente com a urina. Mais de 15% da população mundial apresenta cálculos renais, sendo que a maioria dos casos (85%) consegue expelir as pedras naturalmente, pela urina.

Os sintomas de cálculos renais podem variar desde pequenos desconfortos para urinar até dores localizadas. É preciso observar se a urina está escura e com sangue, se há dor, ânsia, vômito, febre ou fraqueza e procurar um nefrologista ou urologista para investigar o caso.

Iraci Aparecida Soares Leite de Oliveira descobriu que tinha pedras no rim em setembro do ano passado através de um exame de raio-x. "Eu sentia muita ânsia e dor nas costas do lado esquerdo. Fui mais de oito vezes no hospital, mas os médicos diziam que era gases e não investigavam. Depois de um raio-x e um ultrassom descobriram que eu estava com dois cálculos", conta. A doméstica relembra os dias agonizantes que passou nas crises de dor. "Eu não comia nada, tremia, não podia andar muito que doía. Não tem posição em que você fique confortável, tudo o que você quer fazer dói". Ela convive atualmente com três pedras nos rins, duas medindo 7mm no rim esquerdo e outra medindo 8mm no rim direito, e aguarda uma cirurgia pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para retirar os cálculos.

Além da espera do procedimento cirúrgico, Iraci controla a alimentação rigorosamente. "Não posso comer tomate, espinafre e derivados do leite, pois nesses alimentos existem substâncias que favorecem o surgimento de novos cálculos, além disso, bebo de três a quatro litros de água por dia", realça.

Segundo a médica nefrologista e professora da PUC-Sorocaba, Cibele Isaac Saad Rodrigues, os rins - além de filtrar o sangue - têm a missão de garantir o equilíbrio entre sal e água no corpo. Ainda segundo a especialista, no verão as pessoas soam mais e não repõem a água necessária para o seu corpo, o que aumenta a chance de desidratação, sobretudo, cálculo renal. "É muito importante ouvir o sinais de alerta do organismo, como a sede e a diminuição do volume de urina. O corpo demonstra que a pessoa precisa ingerir mais líquidos", alerta. Beber apenas dois litros de água por dia no verão não são suficientes. "Na realidade, a pessoa precisa urinar dois litros por dia, e para isso, calculamos que é necessário ingerir 30 ml de água para cada quilograma de peso da pessoa, em média", revela.

A médica explica que uma pedra no rim pode prejudicar o funcionamento do sistema urinário de várias maneiras. "Quando um cálculo entope no ureter, aumenta o volume do rim e a dor aparece, e é uma das piores dores que existe no planeta", frisa Cibele. Para a especialista, a dieta ideal para a saúde dos rins inclui primeiramente o aumento da ingestão de água e de sucos, frutas, chás gelados e água de coco. Saladas e grelhados também devem ser consumidos e gorduras, frituras e carboidratos dispensados do cardápio.

Pessoas que possuem casos de cálculo renal na família precisam estar alerta e realizar exames de controle anualmente. "O paciente pode colher exames de sangue para verificar o controle de creatinina além de um exame de urina. Através de procedimentos simples é possível investigar a doença e evitar que atinja um estágio avançado", recomenda Cibele.



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