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Casos de coqueluche triplicam em 3 anos

Em Sorocaba, foram 51 doentes confirmados em 2013, frente a 17 em 2011.

Por: Jornal Cruzeiro do Sul.

O número de casos confirmados de coqueluche, popularmente conhecida como tosse comprida, triplicou no período de três anos em Sorocaba. O setor de Vigilância Epidemiológica registrou 51 ocorrências em 2013 contra as 17 atestadas em 2011. A Secretaria Municipal da Saúde informa que a cidade está em alerta - e não em surto - já que o cenário é semelhante em todo o País.

Dados fornecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) ressaltam um aumento significativo dos casos de coqueluche em adolescentes e adultos no Brasil. Na América Latina, eles praticamente triplicaram em cinco anos. A enfermeira Renata Guida Caldeira, vinculada à Divisão da Vigilância Epidemiológica de Sorocaba, explica que apenas os pacientes em condições mais graves de saúde acabam registrados nesse banco de dados relacionado à coqueluche. "São notificados apenas os casos de internação, quando são colhidos os exames de diagnóstico específico", conta. No ano passado, a Vigilância Epidemiológica recebeu 161 notificações: 51 casos foram confirmados e 109 descartados. Apenas um aguarda o resultado.

Segundo Renata, esse aumento de casos tem relação com o fato de a vacina não proteger o indivíduo de forma permanente - a imunização tem duração aproximada de dez anos. A tríplice, contra difteria, coqueluche e tétano, integra o calendário oficial de vacinação do Ministério da Saúde e é ministrada aos dois, quatro e seis meses de idade. Outras duas doses de reforço são dadas aos 15 meses e aos 5 anos de idade - não deve ser aplicada após essa idade. Para evitar a proliferação da doença, o Instituto Butantan tem produzido uma versão acelular da vacina contra a coqueluche para a imunização de mulheres grávidas. Cerca de sete milhões de pessoas serão beneficiadas já neste ano, gratuitamente, pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Atualmente, o Butantan já produz a vacina contra difteria e tétano. Com o acordo de transferência da tecnologia contra a coqueluche, uma nova vacina fará a imunização das três doenças. De acordo com o governo do Estado de São Paulo, a vacinação de mulheres contra a coqueluche durante a gestação oferecerá proteção aos bebês recém-nascidos. O ato promoverá a redução de casos e óbitos pela doença nas crianças menores de seis meses de idade. A imunização de gestantes diminuirá a transmissão da doença para o bebê, além de oferecer proteção indireta nos primeiros meses de vida. É nesse período que a criança ainda não completou o esquema de três doses da vacina recomendado pela rede pública de saúde.

Sintomas

A contaminação acontece, principalmente, pelo contato direto da pessoa doente. Os sintomas da coqueluche têm duração de aproximadamente seis semanas e são divididos em três estágios consecutivos. Nos 15 primeiros dias, o indivíduo apresenta sintomas parecidos com os da gripe e do resfriado: febre baixa, falta de apetite, coriza, espirros e mal-estar. Depois surgem as tosses sucessivas, sem que o doente tenha condições de respirar entre elas. Na quarta semana os sintomas começam a regredir e desaparecem.

É recomendado que o paciente com coqueluche permaneça em isolamento respiratório enquanto durar o período de transmissão da doença. O tratamento pode ser realizado em casa, mas com acompanhamento médico. A hospitalização só se torna necessária quando ocorrem complicações.

Dados de coqueluche em Sorocaba

Ano

Notificações

Confirmados

Descartados

Aguarda resultados

2011

45

17

28

0

2012

118

47

91

0

2013

161

51

109

1

 

 

 

 

 

Fonte: Vigilância Epidemiológica de Sorocaba

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