Você está em: Página inicial | Notícias | Colesterol alto: doença silenciosa, que necessita de monitoramento
Nota

Colesterol alto: doença silenciosa, que necessita de monitoramento

Em excesso é temido porque é associado à obstrução do fluxo sanguíneo.

Por: Jornal Cruzeiro do Sul.

Uma doença silenciosa, assim pode ser definido o colesterol alto. Mas o que é o colesterol e porque ele pode fazer mal?

"O Colesterol é um dos tipos de gordura que circulam no sangue e que pode ser dosado", explicou Maria Helena Senger, professora titular de Endocrinologia e do Programa de Mestrado Profissional em Educação nas profissões de Saúde da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC/SP. "Portanto, integra o funcionamento adequado de nosso organismo, contribuindo na formação de várias substâncias como hormônios (os sexuais, o cortisol) e vitamina D."

É bastante temido, explicou a médica, quando está alto, porque é associado a uma alteração importante que é a obstrução do fluxo sanguíneo pelo seu acúmulo na parede das artérias, formando a placa de gordura. "No entanto, não apenas o colesterol alto leva a isto: é preciso haver condições locais na parede das artérias, um ambiente chamado inflamatório, para que a placa de gordura se forme", disse. "Com o fluxo de sangue prejudicado em determinada região, esta passa a sofrer é o que ocorre no infarto, no derrame -ou acidente vascular cerebral-. Em última análise, falta oxigênio para aquela região após a obstrução."

O colesterol tem origem dos alimentos, mas pode ser fabricado no organismo. "Se há excesso destas fontes, ele vai se elevar e isto pode ser mensurado na corrente sanguínea. O colesterol circula acoplado a substâncias, chamadas lipoproteínas e assim ele pode ser medido (LDL colesterol - quando ligado à lipoproteína de baixa densidade; HDL colesterol - quando ligado à lipoproteína de alta densidade). O LDL colesterol é o "malvado", porque favorece a formação das placas de gordura, enquanto o HDL facilita sua eliminação", contou Maria Helena.

Diagnóstico

O diagnóstico é realizado por meio de exame de hemograma. "Dosando o colesterol total e suas frações, ligadas às liproproteínas, no sangue. Também deve ser dosado outra importante gordura circulante que são chamadas triglicérides. Estas últimas provêm de fontes alimentares e do metabolismo das gorduras", explicou a médica.

Controle

O controle dos níveis de colesterol como dos triglicérides respondem ao controle dietético. "É muito importante que as pessoas entendam que estas gorduras não derivam apenas de alimentos gordurosos. Elas provêm de todo excesso de energia que estiver sobrando pela ingestão diária. As gorduras representam estoque de energia. Se houver energia sobrando, ela será armazenada em nosso corpo na forma de gordura, mesmo se esta energia vier de outras fontes como doces, massas, pães etc."

Quando apenas o controle dietético não for suficiente, associado a maior gasto de energia é necessário associar medicamentos específicos para ajudar neste controle. "Também é preciso controlar adequadamente doenças que são associadas ou levam ao aumento das gorduras circulantes, especialmente os triglicérides, como o diabetes, obesidade, hipotiroidismo, hipertensão arterial", afirmou Maria Helena.

Durante um check-up

A jovem Lidiane Vencel, descobriu que estava com o colesterol alto quando, há dois anos, foi ao médico fazer um check-up. "Não imaginava que poderia ter, porque nunca senti nada. Descobri nesse exame que também tinha triglicerídeos alto. Então tive que mudar muita coisa em minha rotina", contou. Além de tomar medicação prescrita pelo seu médico, ela teve de fazer algumas alterações cotidianas. Entre elas estão sua alimentação e estilo de vida. "Para controlar, tenho de fazer acompanhamento com nutricionista. Deixei de comer frituras, alimentos com gordura saturada e bebidas, como refrigerante, aquelas com muito açúcar e as alcoólicas", disse. Os exercícios físicos também foram importantes para que a estudante pudessem controlar a taxa de colesterol. "Se eu não me cuidar, ele [colesterol] sobe novamente. Teve uma vez que chegou a 280."

Medicação alternativa

Há 25 anos, o agricultor Joaquim Vieira Pinto, hoje com 62 anos, estava trabalhando dirigindo um trator quando sentiu dores fortes no peito e sua visão ficou turva. Esse mal-estar persistiu por algumas horas até que conseguiu se recuperado. Com medo de ser algum problema, Pinto foi até um médico particular porque, segundo ele, "no postinho iria demorar muito." O resultado do exame de hemograma saiu no dia seguinte. "O médico então me disse, "sinto muito, mas o senhor terá de fechar a boca". Então comecei comer mais frutas e verduras e parei de comer carne gorda e diminui o sal", contou.

Há cinco anos, o agricultor trocou as medicações por remédios naturais. "Faço chá de cipó-cruz e de carqueijo. São bem amargos e fazem bem para o colesterol. Me sinto bem melhor agora", contou.



PUC-SP | Fundação São Paulo - logo

Hospital Santa Lucinda
Rua Cláudio Manoel da Costa, 57 - Jd. Vergueiro
Sorocaba - SP | ver mapa de localização

Telefone: (15) 3212.9900
FAX HSL: (15) 3212.9815 ou (15) 3212.9900 Ramal 9600