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Meningite necessita de diagnóstico rápido para não causar sequelas

Por: Jornal Cruzeiro do Sul

As meningites também podem ser causadas por fungos ou pelo bacilo da tuberculose. Crédito – Jornal Cruzeiro do Sul

"Dor na nuca não significa nada. É rigidez na nuca, a dificuldade de realizar a movimentação. Esse é o sintoma da meningite", explica o médico infectologista e coordenador da disciplina de Moléstias Infecciosas da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Carlos Alberto Lazar, sobre a confusão feita entre os sintomas da doença. A meningite é um processo inflamatório e infeccioso das membranas que envolvem o cérebro, chamadas meninges, e são causadas principalmente por bactérias e vírus e devem ser tratadas o mais rápido possível para evitar sequelas. 

A meningite é uma das patologias mais graves que podem incidir sobre as crianças, adolescentes, adultos e idosos. Seus principais agentes são as bactérias meningococos, pneumococos e hemófilos -- não existe vacina contra este último -- e são transmitidas pelas vias respiratórias ou associadas a quadros infecciosos, como o de ouvido, por exemplo. O tratamento tem de ser introduzido sem perda de tempo, porque a doença pode ser letal ou deixar sequelas, como surdez, dificuldade de aprendizagem e comprometimento cerebral. 

Os sintomas são febre alta, mal-estar, vômitos, dor forte de cabeça e no pescoço, dificuldade para encostar o queixo no peito e, às vezes, manchas vermelhas espalhadas pelo corpo. Esse é um sinal de que a infecção está se alastrando rapidamente pelo sangue e o risco de septicemia aumenta muito. O risco é proporcional ao tempo que se demora a fazer o diagnóstico e começar o tratamento, que, neste caso, é feito com antibióticos. 

O exame para detectar a inflamação na meninge não é só clínico; colhe-se um líquido da medula, que é o exame definidor da meningite. Contudo, o paciente já é tratado enquanto isso, para evitar qualquer tipo de sequela. As meningites também podem ser causadas por fungos ou pelo bacilo da tuberculose, e exigem tratamento prolongado à base de antibióticos e quimioterápicos por via oral ou endovenosa. 

Porém, nas virais, o quadro é mais brando. Acomete principalmente as crianças, e os sintomas são febre, dor de cabeça, pouca rigidez da nuca, inapetência e irritabilidade. Caso os exames comprovem que se trata de meningite viral, a conduta é esperar que o caso se resolva sozinho, como acontece com as outras viroses. Assim como para as outras enfermidades causadas por vírus, não existe tratamento específico para as meningites virais. Os medicamentos antitérmicos e analgésicos são úteis para aliviar os sintomas. 

De acordo com Lazar, as crianças têm tido mais proteção por causa das vacinas fornecidas pelo governo, o que fez diminuir o aparecimento da doença nessa faixa etária. Todos os casos são graves, contudo, é mais grave nos extremos da vida, como nas crianças pequenas e nos idosos (acima de 60 anos). 

Existem dois sinais importantes das bactérias nas crianças. Um é a moleira abaulada, que significa estar um pouco elevada; outra são as convulsões repetidas. Até cinco anos de idade deve ter um cuidado redobrado, porque é o período que a defesa do organismo não é madura. As gestantes precisam ficar atentas com esta doença, pois a imunidade delas é baixa. Caso tenham, o tratamento é a hospitalização associado a antibióticos em altas doses para alcançar o Sistema Nervoso Central (SNC). 
Segundo o infectologista, o número de crianças com retardo mental devido à meningite é muito grande. "O ideal para evitar essa contaminação é proteger as crianças, mas, às vezes, com um mês, a criança ainda não tomou vacina." O grande causador da meningite age no inverno, porque as pessoas se aglomeram mais, se juntam mais. 

TV WEB
O médico infectologista e coordenador da disciplina de Moléstias Infecciosas da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Carlos Alberto Lazar, explica o que é a meningite e quais os sintomas da doença na entrevista feita à TV Jornal Cruzeiro do Sul.


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