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Alcoolismo é doença que pode até matar


Por: Jornal Cruzeiro do Sul.

O Brasil está acima da média mundial em consumo de bebidas alcoólicas, segundo uma pesquisa divulgada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Entre 2008 e 2010, os brasileiros com mais de 15 anos consumiram em média 8,7 litros de álcool por ano, dois litros e meio a mais da média mundial calculada pela OMS, equivalente a 6,2 litros por ano.
Ingerir bebidas alcoólicas constantemente causa vários riscos à saúde e pode, inclusive, levar à morte, alertam especialistas. Segundo um estudo realizado pela OMS, cerca de 3,3 milhões de pessoas morreram em todo o mundo, em 2012, em consequência do consumo exacerbado de álcool.

Vários graus

Alcoólatras dizem que para deixar o vício é preciso ter muita vontade e determinação. Segundo o médico psiquiatra e coordenador de psiquiatria do curso de Medicina da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Sorocaba, Antônio Matos Fontana, o único tratamento do caso se chama abstinência. "A maioria consegue bons resultados, desde que haja apoio da família, que é importantíssimo nesse processo", destaca.
A psicóloga e professora da PUC, Ana Laura Schliemann, diz que primeiro é preciso querer para conseguir deixar o vício. "É fundamental que a pessoa entenda os malefícios que o alcoolismo faz na vida e nas relações", afirma. Ana Laura diz que o outro passo é procurar ajuda técnica. "Podem ser psiquiatras ou psicólogos, profissionais que tratem dessa doença", ressalta.
Fontana conta que o alcoolismo tem vários graus. "Primeiro a pessoa começa bebendo pouco, somente em fins de semana. Depois aumenta o número de doses, a frequência, até ficar dependente da bebida", explica. O médico considera alcoólatra pessoas que possuem o desejo incontrolável pela bebida. "O desejo de beber é uma coisa terrível, é como qualquer droga. A pessoa precisa beber logo de manhã. Não consegue evitar o vício. Fica desesperada até ingerir a bebida", completa.
Ana Laura afirma que aspectos emocionais contribuem para que uma pessoa comece a ingerir bebidas alcoólicas. "Luto, frustrações, inseguranças e medos são os principais sentimentos que influenciam o início do alcoolismo", conta. A psicóloga destaca que a genética e o estilo de vida também contribuem para o vício. "A falta de amadurecimento e utilizar o álcool como muleta para resolver problemas também são atitudes muito comuns que levam ao alcoolismo", frisa.

Principais doenças

Conforme o psiquiatra, as principais doenças causadas pelo alcoolismo são insuficiência cardíaca e cirrose hepática. Segundo ele, o álcool destrói os órgãos internos e acaba prejudicando todo o organismo, principalmente o cérebro, fígado, rins, pâncreas, pulmão e coração. "O álcool compromete o corpo como um todo. Se a pessoa não para de beber a tempo, se torna um vegetal. Alguns conseguem voltar a vida normal, mas muitos ficam com sequelas", explica. Fontana ressalta que as mais diferentes patologias causadas pela consequência do uso exagerado do álcool podem levar à morte. Para o médico, o álcool é uma praga. "É literalmente um veneno. Temos que combater esse vício. Todos precisam colaborar com essa luta", diz. Fontana acredita que os médicos e especialistas apenas ajudam no tratamento. "É o indivíduo que se cura. É preciso querer para se libertar do vício", finaliza.

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