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Novembro Azul - Por: Dr. Valter Yasushi Honji



Por: Dr. Valter Yasushi Honji
Médico urologista, assistente da disciplina de Urologia da
Faculdade de Medicina da PUC-SP e coordenador do
Serviço de Urologia do Hospital Santa Lucinda

Novembro foi o mês escolhido para divulgarmos o problema do câncer de próstata. Plagiando o Outubro Rosa – campanha para esclarecimento do câncer da mama, com muito sucesso –, gostaríamos de relatar algumas particularidades desta patologia.

O câncer de próstata é o terror do sexo masculino. Só perde para os tumores de pele. Em 2011, foi responsável por mais de 13 mil mortes no Brasil. Calcula-se que, neste ano, serão diagnosticados cerca de 69 mil novos casos.

Para entendermos melhor, temos de saber que existem dois tipos de tumores que acometem a próstata: um benigno, chamado de hiperplasia prostática, e outro maligno, o carcinoma da próstata – a razão da campanha.

Após os 40 anos, a próstata tende a crescer. Alguns sintomas deste crescimento podem aparecer, como jato de urina mais afilado, urgência em urinar, demora para iniciar a micção, necessidade de esforço para esvaziar a bexiga, acordar várias vezes durante a noite para urinar e até certa dor ao urinar. Estes sinais variam e, muitas vezes, podem nem aparecer.

O problema é que não existe relação entre os sintomas e a gravidade do quadro clínico. Uma pessoa pode apresentá-los e ter um tumor benigno e outra, que nada sente, pode ter câncer.

É importante esclarecer que, diferentemente do que se apregoa, a prevenção do câncer da próstata é muito discutível. Explicando melhor: prevenção é quando você toma alguma atitude para algo não acontecer. As pessoas procuram manter o colesterol e triglicérides em ordem para evitar problemas vasculares, como infarto do coração, ou derrames cerebrais. Também escovam os dentes para evitar cáries. Mas, no caso da próstata, não existe ainda um consenso do que podemos fazer para evitar esta doença.

Fala-se em licopeno – droga encontrada no tomate –, mas não adianta encher a barriga de salada, pois é necessária a ação do calor (isto é, consumir o tomate em forma de molho). Outra hipótese é o banho de sol, porém, este aumenta o risco de tumores de pele. Há as relações sexuais, mas recomenda-se um número mínimo de 20 por mês! Todos estes dados são discutíveis. Não existe, como escrevi, um consenso.

O urologista preocupa-se em realizar o diagnóstico precoce: tenta achar um câncer na próstata em fase inicial, quando ainda está restrito a ela e antes que vá para outras regiões do corpo.

Para atingir este objetivo, são essenciais o toque real e o exame de sangue chamado PSA (antígeno específico prostático, em inglês). Quando um destes indica alguma anormalidade é preciso realizar outros exames e acompanhamentos.

Indivíduos que já tiveram pai ou irmãos com câncer na próstata – ou, ainda, mãe ou irmãs com câncer de mama – têm mais chance de desenvolver este tumor. Existe uma incidência maior na etnia negra. Portanto, homens com 50 anos ou mais (45, em caso de ter antecedentes) devem procurar um urologista ou outro médico que entenda do assunto.

O câncer da próstata, quando diagnosticado em tempo, tem cura!

 

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