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Debate sobre pseudociência, fake news e saúde mental foi realizado na FCMS


08/04/2024

A Sociedade Universitária Médica de Estímulo à Pesquisa (Sumep), formada pelos alunos de Medicina da PUC-SP, realizou nos dias 2 e 3 de abril uma jornada contra a pseudociência. O evento aconteceu na Sala 113 da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde (FCMS). Segundo os organizadores, foram discutidos, de forma científica, temas que emergem na mídia e são importantes para a formação acadêmica.

“Os tópicos selecionados para o simpósio refletiram áreas em que a pseudociência tem se infiltrado de maneira significativa, apresentando desafios tangíveis para profissionais da saúde, pacientes e para a comunidade em geral”, afirmou Debora Cavalcanti, presidente da Sumep. “Ao organizar este simpósio, buscamos fortalecer a conscientização sobre os perigos da pseudociência na área da saúde, capacitando profissionais e indivíduos a fazer escolhas informadas e baseadas em evidências.”

Ela complementou: “Acreditamos que, ao desafiar ativamente a disseminação de informações falsas e promover uma cultura de pensamento crítico, podemos contribuir para um sistema de saúde mais seguro, ético e eficaz para todos”.

Agenda

A programação incluiu os seguintes tópicos:

  • “Medicina integrativa e outras falácias”, com o dr. David Nordon
  • “Fake news do autismo”, com o dr. Danilo de Assis
  • “A verdade sobre as vacinas: combate à fake news”, com a dra. Izilda das Eiras Tâmega
  • “Saúde mental, psicoanálise e psicoterapia”, com o dr. Sadi Lanzarin Junior

Apoio institucional

Segundo o coordenador do curso de Medicina da PUC-SP, professor-doutor Jorge Henna, “a FCMS é pautada rigorosa e obsessivamente em dados científicos para a elaboração do ensino médico há 74 anos”.

Ele prosseguiu: “O Cremesp e o CFM têm combatido os inúmeros anúncios de ‘descobertas terapêuticas’, ‘técnicas inovadoras’ e ‘procedimentos não medicamentosos’ sem evidências científicas. Nós, da FCMS/PUC-SP, apoiamos e nos associamos a essa causa. Esse evento organizado pela Sumep vem ao encontro desse tema”.

Pseudociência em pauta

Um dos palestrantes foi o ortopedista pediátrico David Nordon, graduado em Medicina pela PUC-SP e formado pelo Instituto de Ortopedia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de São Paulo (HCFMUSP). Na FCMS, ele ocupa a supervisão do Programa de Residência Médica em Ortopedia e Traumatologia. Também atua como docente do Departamento de Saúde Pública da PUC-SP e de Ortopedia do Estratégia MED, além de trabalhar como médico-assistente voluntário no Ambulatório de Neuro-ortopedia do Instituto de Ortopedia e Traumatologia HCFMUSP e cursar doutorado na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

Nordon ressaltou que, ao longo dos dois dias da jornada, a intenção era que a pseudociência fosse abordada e explicada cientificamente – ou seja, quais são as técnicas que efetivamente funcionam, as que não funcionam e por que elas não funcionam.

Em sua palestra, ele abordou, por exemplo, os conceitos da pseudociência e de outras técnicas difundidas entre a população. “A ideia deste ciclo de palestras não foi atacar as técnicas alternativas ou complementares, mas, sim, explicar o que são, como funcionam e o que a ciência acha disso”, pontuou.

Vacinas e autismo

A coordenadora acadêmica do Hospital Santa Lucinda, professora-doutora Cibele Isaac Rodrigues, define que a pseudociência é quando se transformam “achismos”, sem base científica qualquer, em verdades.

“Exemplo disso é a popularização de que as vacinas causam autismo”, disse. Ela contou que foi o médico Andrew Wakefield que publicou, em 1998, um estudo na revista The Lancet associando a vacina tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola) ao autismo.

“Várias pesquisas sérias e de boa qualidade confrontaram seus resultados e não encontraram qualquer evidência de uma conexão entre vacinas e autismo”, ponderou. “No entanto, até hoje essa notícia 'fake' circula nos grupos de movimentos antivacinas. A pseudociência precisa ser combatida e nossos alunos precisam ser alertados sobre essa temática tão relevante.”




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